quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A importância de uma boa Interface




Um dos cuidados em que os envolvidos ao criar um site deve levar em conta é o excesso de informação e elementos que a interface deve ter.
 
Deve preocupar-se com a carga cognitiva que o internauta pode estar gerando ao entrar no seu site. Isso é perigoso para o site, pois os internautas atualmente não gastam muito tempo tentando aprender como se usa ou como funciona aquele botão.
 
Uma interface com diálogo simples significa que nela você vai encontrar facilidade em entender o que tem dentro daquele link sem mesmo ter entrado ainda. Deve ter uma lógica visual, com uma hierarquia de informação que conduz os olhos do usuário. Deve ser bem distribuída a informação na interface. Saber para que serve aquele botão somente ao olhar.
 
No caso do site http://www.eusou.com/crianca/ a cor preta em excesso cansa os olhos. Na realidade, tem muito excesso nesse site. Excesso de cor, de informação e um menu com muitos itens, que torna exaustivo olhar. Falando no menu do lado esquerdo e direito da página, pode -se notar que além de ter muitos itens, eles são com fonte de corpo pequeno e com letras na cor branca ( fundo da tela preta). Não há hierarquia para guiar o olhar do usuário.
 
É importante que ao criar um site, saber que aquela velha frase faz todo o sentido “menos é mais”. E nesse site tudo é mais... Excesso de jogos, excesso de propaganda, excesso de cores, layout ruim, etc.
 
Sites ruins ferem os nossos olhos, têm uma navegação terrível ou são irritantes, enviando os visitantes para uma página de destino confusa.
 
Normalmente encontramos neles:
1. Navegação ruim.
2. Muitos botões de ‘Bookmark My Site’.
3. Introduções no site e “intervalos comerciais” entre as páginas.
4. Uso excessivo de Flash.
5. Anúncios do tipo overlay (Pop-ups).
6. Desativar alguns botões de navegação.
7. Esconder informações de contatos.
8. Áudio e vídeo automático.
9. Sites lentos para baixar.
10. Layout ruim.
11- Falta de conteúdo significativo
12- Páginas desorganizadas.
 
Aqui está mais um exemplo de uma experiência ruim, no meu ponto de vista,  http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/sites-educativos-504552.shtml , que provavelmente não poderá ser corrigido, pois o mesmo possui a intenção de vender o  produto ( imagem), muito mais do que conteúdo significativo.
Infelizmente, os publicitários nunca foram orientados de maneira correta, muitos acreditando que fazem parte do pessoal de TI, já que usam linguagens e coisa e tal,  cometem erros grosseiros. Mas seus clientes na internet nunca foram os usuários finais. Eles não só abusam de pérolas como um banner com “Clique Aqui” piscando em vermelho berrante, para nos atrair, que não nos serve de nada.
 
 
 
Endereço do site:
http://www.eusou.com/crianca/
 
 
 
 
Referências
 
Costa, Rosa Maria E. M.da, Vânia Marins- aula2- Interfaces.

 

 

Criatividade, Pesquisa e Inovação: o caminho surpreendente da descoberta.



Tema ou Assunto: Criatividade, Pesquisa e Inovação: o caminho surpreendente da descoberta.

1. Introdução:
No mundo contemporâneo não é nada fácil sermos criativos e inovadores. Mesmo com toda informação que possuímos, ser criativo é como achar uma agulha em um palheiro.
Isso se deve ao fato da escola não possuir uma cultura onde a criatividade seja o foco do processo ensino aprendizagem. No máximo vemos uma ou duas disciplinas que valorizam a criatividade. Na verdade elas se destacam exatamente por terem assumido esse compromisso para si. E ser criativo é estar livre de regras, de normas e condições de como se deve “comportar” diante do ensino- aprendizagem.
Na educação à distância o design instrucional possui um papel primordial, que valoriza a forma, o conteúdo e a expressão dos sentimentos e potencializa o olhar do outro, valorizando o projeto em construção. Nessa concepção o trabalho é construído, tendo-se a noção que o mesmo a qualquer momento pode ser revisitado e reconstruído.
 
 
2. Desenvolvimento:
Quando se é criança somos pura curiosidade. Valorizamos a descoberta, a intuição e a paixão em aprender, principalmente por meio das brincadeiras.
 
Infelizmente a escola não soube gerenciar o prazer de se aprender por meio de atividades lúdicas e assim sendo, nos fez acreditar que a única forma de aprender era a massificação dos conteúdos, a transmissão sem reflexão e a memorização de fatos totalmente descontextualizados. Assim, a escola foi se tornando um lugar comum onde a criatividade foi se tornando material raro.
 
Com o avanço da tecnologia, vieram os diferentes aparelhos eletrônicos, os diferentes objetos, de diferentes formas, cores e tamanhos, que os designers criaram para tornar a vida mais fácil. Um enorme ganho para uma sociedade onde o tempo é algo precioso. Porém, o crescimento tecnológico avançou nas diferentes  áreas, principalmente na área tecnológica, desafiando os conceitos existentes e criando novos paradigmas. Estes foram tão revolucionários que ainda estudamos os conceitos existentes em sua criação, na tentativa de melhorar o produto, sempre com a intenção de inovar, criar algo que possa superar o que já existe.
Isso para mim é saber lidar com o conceito de “efemeridade”. É saber lidar com a “transitoriedade” que o objeto trás em si e o seu tempo de vida útil e para se criar algo novo é necessário se sair da “conformidade”, da submissão, do lugar comum para ir em busca da transgressão, lugar onde se feri normas e valores instituídos de uma “cultura vigente”.
 
A questão é que para se criar, devemos estar desprovidos de preconceitos e estarmos imbuídos de valores mais nobres como a liberdade.
 
A liberdade nos resgata da sombra e nos trás a luz. A luz necessária para se inovar, a correr risco e saber dizer o que quer...
 
Educar é ser movido pela curiosidade de ver algo novo, sempre que o velho lhe parecer fora de foco. O design é o ator que privilegia o cenário, onde todos os participantes do processo ensino aprendizagem atuem. Ele direciona o fazer, conduzindo-os a novas oportunidades, sempre na tentativa de fazer a melhor escolha para aquela finalidade.
Os cursos de EAD por exemplo, valoriza as atividades colaborativas, feitas por muitas mãos, onde o resultado não é de uma única pessoa e sim de todos que participaram dela. Com essa visão, o crescimento deixa de ser só vertical e passa a ser também horizontal.
 
O Design Didático usado na EAD traz muitos benefícios aos participantes, a utilização das TICs,como o computador, mais precisamente a Internet, proporciona interação e interatividade, segundo Vygotsky, a "interação entre os aprendizes e os mediadores e  entre os próprios aprendizes adquire especial relevância", e esse intercâmbio que ocorre através dos fóruns tem uma importância ímpar na EAD. Contamos ainda com os hiperlinks que nos levam de um texto a outro para aprofundarmos os conhecimentos acerca do tema estudado.
 
Possibilitar aprendizado de maneira envolvente e eficiente me parece ser o grande desafio do design didático. Não dissociado de uma orientação que o sustente, o design didático dá forma a algumas ideias, permitindo que o aluno experimente algumas sensações que o mobilizem para aprender. Neste sentido, que a questão da funcionalidade me parece importante. É preciso conceber nossos materiais didáticos como recursos que atendam necessidades e potencializem ações.
 
 Tanto a arquitetura quanto o design, fundam pilares para sustentar um conceito, uma ideia. Definir soluções de aprendizagem através de atividades, imagens, seleção de vídeo, metáfora, diagramação, tamanho das sessões de uma aula, por exemplo, são soluções aliadas a uma proposta de design didático.
 
Sabemos da importância do planejamento nos cursos de EAD. Mas, também sabemos que a comunicação é fundamental para que os diferentes "atores" desse processo atuem de forma colaborativa.
Em EAD, estes ficam subordinados a uma equipe de educadores, com diferentes atribuições e responsabilidades, na construção de textos, definições de imagens, propostas de atividade e diferentes propostas didáticas e jogos pedagógicos, num primeiro momento para abastecerem os designers na estruturação e modelagens do curso antes da divulgação do mesmo.
Assim, observamos que o design possui o papel de agregar esforços em prol da construção de materiais diversificados que atenda um grande número de pessoas.
Imagens interativas estão direcionadas para atender aos usuários. A aparência visual do material favorece a sensação de credibilidade e de legibilidade. Assim, não se perde sua identidade visual e nem seu design didático.
 
“A noção de professor reflexivo baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero reprodutor de idéias e práticas que lhe são exteriores. É central, nesta concepção, a noção do profissional como uma pessoa que, em situações profissionais, tantas vezes incertas e imprevisíveis, atua de forma inteligente e flexível, situada e criativa.” (ALARCÃO, 2004 p. 41).
 
Desta forma a criação de condições para que a inovação aconteça, possibilitará em clima tranqüilo e bem organizado, a oportunidade de surgimento de novas ações e políticas organizacionais, sendo as mesmas desenvolvidas por todos os colaboradores. A possibilidade de mudança no mundo contemporâneo deve viabilizar novas ferramentas de trabalho, para que o mesmo seja criativo e singular.
 
 
 
5. Referências:
Costa, Rosa Maria E. M. da, Vânia Marins- Aula 1- Design Didático.
Maldonato, Mauro, Silvia Dell  Orco- Criatividade, Pesquisa e Inovação: O Caminho Surpreendente da Descoberta.
 

O Blog na Educação




Cada vez mais os educadores se propõem em aprender, a utilizar o blog como ferramenta de aprendizagem, valorizando o potencial dos alunos, sua criatividade, seja ele como estratégia ou recurso.

        É inegável que os blogs abrem um espaço muito significativo para os educadores, pois além de um espaço democrático, com inúmeras possibilidades, ajuda aos professores como complemento ao ensino de uma ou muitas disciplinas, compartilhando opiniões, argumentos e diferentes textos (diversidades textuais), relatórios, memoriais, publicação de fotos, vídeos e a proximidade do professor com o aluno, através da linguagem do aluno, onde o educador ora é educando e ora é aprendente.

        A imaginação na criação de blogs fica por conta da iniciativa do professor, ao eleger os alunos co-parceiros dessa atividade, sendo criativo, flexível e bem focado.

        O professor ao escolher o tema do blog, deve ter claro qual o objetivo que quer atingir, ser bem focado e ter como alvo o seu público. Esse tipo de blog aberto aos alunos, conta com as contribuições destes, tornando-se co-autor das produções a serem publicadas.

        Porém temos que estar atentos a algumas recomendações como:

- Um blog para ser bem sucedido, deve colocar atividades interessantes, criativas e ser atualizado quase que diariamente.

- Sua meta deve ser clara e objetiva para os alunos, para que eles compreendam qual a proposta do mesmo.

- Deve ser organizado, de preferência ter os marcadores de mensagem para ao ser utilizado encontremos o que nos interessa com facilidade.

- Informações fidedignas, atualizadas e sendo o tema pesquisado e de cunho relevante.

- Fazer uma prévia sobre o interesse dos alunos sobre o tema e os temas periféricos serem também contemplados.

- Utilizar as diferentes ferramentas que o mesmo nos proporciona, utilizando links e criando uma rede de comunicação para que o mesmo passe a ser divulgado.

- Ter noção que matérias publicadas sem autorização é crime. Plágio é crime tanto no mundo real como na Internet.

O blog ao propor uma atividade, pode ser individual ou coletivo, dependendo da intencionalidade pode trabalhar ora em grupo ou individualmente.

No blog nós podemos lançar mão de várias teorias de aprendizagem. Pode ter múltiplas representações e o processo da informação, pode ser: cognição situada, contextualizada ou construtivista. Utilizando a estratégia, o aluno seleciona a pesquisa, o conteúdo. O aluno é ativo e o professor reativo. Nessa interação os papéis não são fixos, podendo o professor ora ser ativo e o aluno reativo, utilizando o blog como recurso.

        Entendo, que a criação dos blogs veio para dinamizar o processo pedagógico, uma vez que ele organiza a vida escolar do estudante, dando suporte nas disciplinas que eles possuem habilidades e competências, estimulando-os a estudarem de forma divertida e prazerosa.

        Assim para se criar um blog é necessário ter em mente alguns passos:

- Encontrar o tema;

- Pesquisar e aprofundar o tema escolhido;

-O que você tem para acrescentar nesse tema;

- Se possível faça testes, enquetes, para saber como atingir a aquele público-alvo;

- Saiba o mínimo de HTML;

- Participe de redes de relacionamentos, para divulgar e trocar experiências com possíveis parceiros de trabalho e

- Seja constante em suas postagens.

        E para utilizarmos podemos lançar mão de:

- Criar um jornal online;

- Divulgar as atividades da semana;

-Apoiar os projetos dos professores que permeiem os mesmos eixos de trabalho;

-Preparar festas, seminários e encontros de estudos, quando for de interesse do grupo;

- Divulgar as produções dos alunos em diferentes áreas de conhecimento;

- Desenvolver a curiosidade tecnológica, incentivando o aluno a busca de diferentes linguagens de programação;

- Desenvolver habilidades e competências dos alunos em diferentes áreas;

-Trabalhar com imagens criadas ou registradas pelos próprios alunos, ampliando suas habilidades cognitivas;

-Elaborar tamplates que desenvolvem além de conhecimento, técnicas e habilidades próprias, possibilitam utilizar-se da criatividade, da ética e cidadania;

-Criar animações para postar no blog;

- Trazer a discussão temas atuais, como: valores morais e observar na postagem de comentários, observando a postura de respeito ao outro.

        Assim, o blog nos permite a utilizarmos da melhor forma possível, alterando, modificando uma postagem quando quisermos. Os blogs são gratuitos, serve para comentários, podendo ser restrita a uma só pessoa, aquela que coordena o projeto. Ou pode ser aberto, onde todos que queiram participar podem mudar o conteúdo do mesmo.

        Só depende de você, o que Você quer, como Você quer e pra quem Você quer informar, aprofundar o estudo proposto.

 

Bibliografia:

- Youtube

- Fórum, unidade 5

-Curso Formação Continuada em Tecnologias Educacionais na Web

 

 

Exemplos de sistemas de tutoria




Na Educação a Distância é necessário que o planejamento e as atividades estejam em sintonia, do contrário pode ocorrer um distanciamento entre o professor e o aluno, fazendo com que o último se sinta isolado e desamparado. É neste momento que o(a) tutor(a) se faz presente, atuando como um elo entre professor, material didático e aluno, tornando qualitativo o processo de ensino-aprendizagem.

 

Leia atentamente o documento “Exemplos de sistemas de tutoria” e escolha dois sistemas de tutoria, justificando a sua escolha e pontuando o que há de positivo e negativo em cada um deles. Agora, imagine que você está implementando EaD em sua instituição e escolha um entre os sistemas apresentados, justificando sua escolha, ou, se preferir, elabore um sistema de tutoria com as características que julgar mais interessantes.

Atenção: você deve explicitar em que tipo de instituição está pensando, afinal, um curso preparatório tem características distintas de um curso de pós-graduação, ou de formação continuada dos funcionários de uma empresa, por exemplo.

TAREFA:

A partir da proposta de trabalho da semana, foram apresentados vários tipos de Tutorias, por meio do texto “Exemplos de Sistemas de Tutorias”. Escolho como proposta os exemplos: Instituição B e Instituição C, por serem bem diferentes. O projeto da Instituição B sugere uma proposta com poucos recursos tecnológicos, pouca interação, enquanto o da Instituição C sugere mais proximidade entre os diversos componentes que atuam nesse cenário. Importante ressaltar que ambos possuem pontos negativos e positivos. Vamos ao quadro:

INSTITUIÇÃO B:

Descrição:

Na instituição B há apenas a tutoria a distância, e existe um único tutor para turma com cerca de 400 alunos. O tutor cria um fórum de dúvidas por mês, não há discussão sobre o conteúdo, apenas espaço para apresentar e sanar dúvidas. Há também um plantão semanal de tutoria por telefone, na coordenação do curso, e um chat semanal, sobre o conteúdo tratado em cada semana.

 

PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
Existe tutoria a distância
Existe apenas um único tutor para uma turma de 400 alunos
Há um espaço para apresentar e sanar dúvidas
Não há discussão sobre o conteúdo
Há um chat semanal
Um novo conteúdo é abordado por semana.

 

INSTITUIÇÃO C:

Descrição:

 

Na instituição C há a tutoria a distância e a presencial. Cada tutor a distância é responsável por um grupo de cerca de 30 alunos, e não necessariamente acompanha este grupo em mais de uma disciplina. É o tutor a distância quem media as discussões em fóruns temáticos que duram, de modo geral, uma semana. O tutor a distância deve acessar a plataforma todos os dias, e tem, no máximo, 24h para responder seus alunos. Além da mediação das discussões no fórum, é também o responsável pela correção das tarefas e lançamento de notas. Não há plantão telefônico e os tutores trabalham a partir de suas casas ou qualquer outro lugar, mas não na coordenação do curso.

 

Nesta instituição o tutor presencial tem a função de orientador pedagógico, acompanhando o desenvolvimento do aluno, tirando suas dúvidas administrativas sobre o curso, fazendo relatórios sobre frequência dos alunos (no polo e na plataforma) e tirando dúvidas genéricas sobre a plataforma e peculiaridades do curso. O tutor presencial não tira dúvidas de conteúdos explorados nas disciplinas.

 

 

 

PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
Há uma tutoria presencial e uma tutoria a distância
Apenas os tutores a distância são responsáveis pela correção de trabalhos e lançamentos de notas
O tutor a distância é responsável por um grupo de aproximadamente 30 alunos.
O tutor a distância deve responder seu aluno em até 24 horas.
Há fóruns de discussão
Não há plantão telefônico
O tutor presencial tem a função de orientador pedagógico
O tutor presencial não tira dúvidas sobre conteúdos explorados nas disciplinas

 

O tutor ter que responder a pergunta do seu aluno em até 24 horas, por exemplo, pode ser um ponto positivo para o aluno, pela certeza da rapidez e prontidão em receber um posicionamento a respeito da sua dúvida, já para o tutor pode representar um ponto negativo, se num grupo numeroso, um número razoável de alunos enviarem solicitações constantemente, o tutor terá que redobrar sua atenção e dispor de um tempo maior para responder a todos dentro do prazo estabelecido.

Para programar um Curso de Educação a Distância em uma instituição privada, eu escolheria o sistema da Instituição D.

 

INSTITUIÇÃO D:

 

Descrição:

 

Nesta instituição os tutores atuam ao mesmo tempo à distância e presencialmente, pois não há polos de apoio presencial, a menos da própria instituição. Os tutores colaboram com os professores no planejamento e dinâmica da disciplina. Eles são responsáveis pelo acompanhamento do plano de estudo do aluno, de seu ingresso no curso até a sua conclusão, estabelecendo com este uma parceria corresponsável na construção do conhecimento para o desenvolvimento de suas atividades.

 

 Os tutores encontram-se disponíveis todos os dias da semana (exceto finais de semana e feriados) na instituição, atendendo o aluno por meio das ferramentas de comunicação e interação do ambiente virtual de aprendizagem, correio-eletrônico e telefone.

 

 É ainda responsabilidade dos tutores acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos, tirando dúvidas sobre o conteúdo do material instrucional e esclarecendo os exercícios propostos. Além disso, eles desenvolvem atividades presenciais junto ao corpo discente do curso, colaborando com o professor no desenvolvimento das ações propostas nos encontros presenciais.

 

A correção das avaliações, tais como exercícios, projetos, atividades presenciais e provas são de responsabilidade dos professores. Assim como a realização das atividades online, tais como fóruns de discussão e chats.

 

A escolha por outro modelo de tutoria resultou na Instituição D, sendo esta governamental, na modalidade EAD, semipresencial, com cursos de graduação e pós-graduação, porque esta mostra um sistema de tutoria bastante abrangente; apesar de não apresentar polo de apoio presencial ( somente na própria instituição ) , há muitos pontos relevantes; como por exemplo, a integração e parceria entre tutores e professores, assim como todo processo de acompanhamento e desenvolvimento do aluno. Outro ponto importante é a disponibilidade do tutor na instituição, fazendo o atendimento ao aluno através dos mais variados meios de comunicação.

 

Acredita-se que, para gerenciar uma prática educativa diferenciada, depende-se essencialmente dos aspectos humanos, das relações sociais, da capacidade de comunicação, negociação e inclusão estabelecidas, acrescidas da seleção e definição dos elementos tecnológicos para se possibilitar uma formação qualitativa, acompanhados da elaboração criteriosa do projeto pedagógico de um curso EAD.

 

Percebe-se a necessidade de maior investimento e atualização permanente de todos os componentes da instituição, promovendo novas propostas curriculares e novos métodos de ensino. Assim, promove-se maior interação e ou renovação das práticas educativas, através de uma gestão inovadora. Somente esta poderá permitir o compartilhamento de decisões por todos os sujeitos envolvidos. As avaliações não estão limitadas apenas as provas e trabalhos, mas as atividades presenciais ou projetos, o que abre um leque de possibilidades para avaliar o aluno sobre diferentes perspectivas. Ao término de cada fórum é indicado que o tutor faça um apanhado das principais ideias elencadas durante a interação/ discussão ocorrida no mesmo de maneira a construir uma síntese para os alunos do assunto discutido.

 

Entendo que em um curso virtual é necessário ao aluno possa definir quanto tempo irá dedicar à leitura e a organização dos estudos, sendo sugerido pelo tutor o trabalho com agenda de atividades, no qual poderão ser definidos seus horários de atendimento ao aluno. Assim, ao trabalhar com uma agenda o tutor demonstra a importância do planejamento, demonstrando para os alunos o interesse em apoiá-lo a executar as suas tarefas.

 

Essa metodologia contribui para um constante feedback das atividades, de maneira a orientar a execução do exercício, antes, durante e depois de seu desenvolvimento, criando um ambiente harmônico e comunicativo.

 

Sabemos que superar a distância e escolher o tom adequado, simples e amistoso, para as orientações no ambiente, assim como as sugestões e cobranças aos alunos não é tarefa fácil.

 

Acredito que o modelo de tutoria da Instituição D, poderia aplicar, inclusive, a outros tipos de cursos e instituições, além da modalidade de ensino a distância, esse modelo de tutoria poderia adequar-se de acordo com a demanda e necessidade de qualquer outro curso.

 

 

 

 
 

REFERÊNCIA:

 

ESQUINCALHA, A.C & GIANNELLA, T. R.  Exemplos de Sistemas de Tutoria . 2010

O papel da tutoria em ambiente de EaD



 O texto “O papel da tutoria em ambiente de EaD” traz treze sugestões apresentadas pelas autoras para o(a) professor (a) que deseja atuar como tutor(a). Dentre as sugestões aqui apresentadas, limitar-me-ei a falar sobre: conhecer o ambiente online, conhecer os seus aprendizes e desenvolver comunidades de aprendizagem. Esses itens fazem parte de um repertório de atividades que o tutor deve desempenhar, tendo como centro o aluno e a sua relação com o meio.

A atuação do tutor online pressupõe uma constante interação no processo de ensino aprendizagem dos alunos em sua sala de aula virtual. A missão do tutor online vai além do cumprir tarefas, cabe a ele facilitar a mudança de postura do aluno, que o torne mais ativo, participativo , autônomo e investir na atualização científica, técnica e cultural, como ingredientes do processo de formação permanente. Este professor precisa colocar sua autoformação, como requisito principal, para usar as novas tecnologias que virão.

Estando a titulação de tutor resinificada, este sujeito do processo de ensino e aprendizagem torna-se essencial, podendo ser considerado como o elo que auxilia na relação entre o aluno, o curso e o professor, permitindo alcançar o sentido prático da expressão “ensinar e aprender”.

Sancho (1998) “assinala que nos Sistemas de formação a distância não se prescinde do professor, ao contrário, este passa a ser imprescindível, o elemento-chave para o sucesso da aprendizagem”.

As orientações pertinentes quanto a função do tutor, apresentadas por diversos autores, nos faz reconhecer que no ambiente online, o tutor conduz a aproximação, o acompanhamento das necessidades dos participantes e da necessidade de estar a par do contexto educativo que foi sendo construído. Assim, o conceito de tutor absorve a figura de educador e professor. O fator interação, afetividade, parceria torna-se ingredientes preponderantes no enfrentamento de futuras questões a serem resolvidas. Como afirma Maia (1998), “ não se deve identificar distância física com distanciamento pessoal”.

 O ambiente de trabalho de um tutor online, pressupõe o estabelecimento de um diálogo constante, aberto e próspero em busca de uma produção de novos saberes, ampliando o conhecimento, propondo uma prática educativa criativa. Nesse ambiente muitas são as propostas de trabalho, como por exemplo: fórum, chats, wiki, etc.

Portanto, professor é quem motiva, traz o aluno à reflexão e cria oportunidades no ambiente online de aprendizagem que ajuda na auto-organização, tarefa fundamental no processo de ensino-aprendizagem. O aluno espera por estas orientações e cabe ao professor ajudá-lo a conquistar novas informações. Em outras palavras, o professor ajuda ao aluno a ser um pesquisador, diminuindo as limitações de um curso online, onde o face a face não acontece.

Cabe ao professor online conhecer os seus aprendizes, as características do aluno, a interação com os seus pares e professores. Existe também a necessidade dos alunos virtuais compreenderem que a sua contribuição nas atividades desenvolvidas por meio das ferramentas síncronas e assíncronas, fazem parte de um aspecto de sua responsabilidade, possibilitando o acontecimento tecnológico como mais uma ferramenta no trabalho à distância.

Outro passo importante é que o professor online deve ensinar aos seus alunos a serem alunos online, isto é, a constituírem esses diálogos, a levarem as ideias trazidas pelos colegas em suas próprias reflexões e construções, fazendo também uma costura textual. Reconhecer a importância da diferença entre um curso presencial e o curso online, é tarefa que exige do tutor uma atuação diferente daquela que acontece em uma sala de aula presencial. Portanto, exige que o aluno tenha um acompanhamento constante, que tenha liberdade na utilização das ferramentas de comunicação, horário flexível, comunicação mediada pelo ambiente virtual. Continuar motivando o aluno e incentivá-lo a conquistar novas referências de trabalho, o conduzirá a uma aprendizagem independente. Desta maneira, o professor tutor pode sugerir alterações na forma como o aluno desenvolve os estudos, criando situações diferenciadas de aprendizagem de acordo com as necessidades individuais.

Ao desenvolver grupos de trabalhos, está diretamente envolvido com a formação de comunidade, ampliando o conhecimento em diversas áreas. Faz parte da construção de um diálogo permanente, ora com quem ensina e ora com quem aprende, criando uma relação ao uso das tecnologias e construindo novas abordagens a respeito de aprendizagem no ensino a distância. O professor é responsável por facilitar e dar espaço aos aspectos pessoais e sociais da comunidade. Portanto, compreende-se que novas comunidades online surgem, à medida que os alunos forem instigados a conhecer a concepção e efetivação de uma aprendizagem significativa. Torna-se importante também reconhecer que as comunidades virtuais possuem elementos que unem os estudantes em seus objetivos comuns, trazendo novos valores e colocando a aprendizagem significativa em jogo.

Compreende-se a importância do tutor observar todas as variáveis dos atos de ensinar e aprender da educação. Para isso, é solicitado aos professores que promovam a otimização da utilização de recursos didáticos que enfatizem um modo de aprender crítico e criativo. Cabe, neste sentido, aos professores, manter a atenção e disposição em assumir novos desafios do seu fazer pedagógico.

Referência:

Coelho,Cláudio Ulysses Ferreira, Haguenauer, Cristina- As Tecnologia da Informação e da Comunicação e sua influência na mudança do perfil e da postura do professor- LATEC, UFRJ,1999.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O papel do professor em contextos de ensino on-line




Nos últimos anos tornou-se fundamental compreender as questões educacionais que estão relacionadas às demandas da formação do professor em determinada área, a sua competência no ensino a distância e presencial e o desenvolvimento dessas competências.

No artigo de Lina Morgado, “O papel do professor em contextos de ensino on-line: problemas e virtualidades”, as TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação)  são apresentadas severas críticas sob a dimensão do grupo em relação aos objetivos do curso.

 É também observada a dificuldade que o professor e o gestor possuem no comando de suas atividades, seja nos aspectos pedagógicos ou gerenciais, na produtividade e na comunicação num ambiente assíncrono, requerendo um espaço planejado com uma efetiva comunidade de aprendizagem comprometida com uma abordagem construtivista.

Os estudos atuais apresentam que atender a uma grande demanda de intenções requer ações voltadas a mediação participativa, instigadora e afetiva baseada em projetos de trabalhos contextualizados, como fator preponderante para uma pedagogia de sucesso, independentemente do contexto de atuação. Alguns fatores são importantes para construção de um contexto de aprendizagem na EAD, tais como: “visibilidade, feedback, materiais e permanência”, sendo estes gerenciado pelo professor.

Entretanto, neste trabalho será apontado dentre muitas competências que o professor possui somente algumas a título de compreensão, pois na verdade uma competência leva a outra e mais outra. Difícil até de apontar quando uma começa e a outra termina.

Mas primeiro é necessário que se compreenda o conceito de competência, este apoiado em “Perrenoud (2000), que se baseando nos principais princípios de Piaget, definiu as competências como:

... faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações) para solucionar com pertinência uma série de situações, podendo desta forma abranger a competência para o trabalho e a competência para a vida.”

A educação virtual, vê o seu sucesso depender não só da inovação no campo tecnológico, mas, sobretudo dos fatores de “natureza pedagógica e organizacional” em todo sistema educacional.

Neste sentido, percebe-se que o compromisso para a EAD, está em responder os desafios de sua concepção didática, que fundamentam as práticas pedagógicas, pautadas em competências como: competência técnica, estímulo à participação, prática pautada na interatividade, motivação de aprendizagem e autonomia intelectual, e algumas pautadas no desenvolvimento de um processo de construção de conhecimento. O centro da aprendizagem nesta concepção é o aluno, em uma constante mudança de papéis entre quem ensina e quem aprende.  Este tem como base as suas vivências e experiências prévias, que por meio da interação sejam alcançados novos significados, experiências e conhecimentos.

Ao professor são oportunizadas novas vivências de interação e trocas com seus alunos, cabendo-lhes uma ação mediadora entre o conhecimento científico e aquele trazido pelos alunos.

Compreende-se que os desenvolvimentos das práticas educativas contando com o suporte da competência técnica levaram a uma progressiva melhoria da orientação das ações pedagógicas, gerando novas experiências, como por exemplo, a realização de trabalhos interdisciplinares, integrando profissionais de diferentes áreas do conhecimento e interage com os vários elementos no trabalho em equipe na elaboração de um ambiente virtual de aprendizagem.

Desta forma, o modelo de educação na modalidade a distância está associado ao fato do modelo pedagógico tradicional não conseguir atender as novas demandas educacionais.

Os estudos realizados no ambiente virtual, centrados no papel do professor, são muitos, demonstrando que embora se apoiem no papel pedagógico, o professor deve “desenvolver” as competências e suas habilidades, em diferentes áreas. Estas devem ter a sua intervenção, podendo ser equacionadas de modo a englobar os aspectos que suportam o processo de aprendizagem, desde a motivação de aprendizagem que estão relacionadas à técnica de aprendizagem e a facilitação da aprendizagem: “fazendo perguntas, dando exemplos e modelos, orientando os estudos na exploração de outra fonte de informação, estimulando os estudantes para a justificação/explicação e elaboração das suas ideias, dando feedback , procedendo à estruturação cognitiva das tarefas”, fazendo parte de como o professor elabora o seu saber pedagógico e de como deve proceder no ambiente virtual.

Essas competências vão mudando ao longo do trabalho à medida que este professor consolide a sua experiência tutorial e junte a experiência trazida dos cursos presenciais para o ambiente online. O saber se consolida quando absorve a concepção e planificação do curso, bem como os instrumentos de apoio à formação de professores no curso online. As competências se apresentam no ensino como: motivação de aprendizagem: que o conduz a um livre acesso ao tutor, encorajando-o a participação e oferecendo apoio ao estudante; a prática pautada na interatividade: sendo desenvolvida como elemento de coesão, cultura do grupo e modos sistematizados do trabalho online e desenvolvendo a empatia no grupo, partilha de informação: encorajamento de todos participantes a contribuir para a discussão do tema trabalhado. E a interação entre diferentes conhecimentos, gerando novo saber e criando interações entre os estudantes, reduzindo o número de feedback do professor. E por último a autonomia intelectual, que faz com que o aluno seja sujeito do seu processo de estudo, interagindo diante do objeto de estudo, tendo uma postura crítica e reflexiva. E sendo assim, desenvolvendo uma prática voltada para a interatividade, criando novos paradigmas de aprendizagem.

Porém, sabemos que as técnicas e competências dos professores do ensino presencial diferem para o curso online, uma vez que o ensino à distância muitas vezes considera o papel do professor como um agente funcional e que deverá centrar-se nas atividades de caráter instrucional, como: abrir fórum e fechar fórum, dar boas vindas, monitorar o progresso do estudante, motivá-lo, aprofundar e facilitar a construção de comunidades de aprendizagens.

De um curso presencial para o curso online, algumas competências se diferenciam, são elas: “demonstrar uma atitude aberta através do uso de perguntas abertas; usar os nomes dos estudantes, dar reforço; encorajar; compreender o sentido das mensagens; responder para clarificar; relacionar ideias com a experiência; integrar materiais; motivar; manter um ambiente de aprendizagem coletiva.”

Portanto, o professor que por ora estimula a participação do aluno em comunidades virtuais, a autoria intelectual, quando orienta as atividades e colabora para a interação do grupo, torna-se visível, criando um ambiente acolhedor e com constante feedback , promovendo a autoestima do aluno, conduzindo-o a um trabalho de autoria. A construção de uma comunidade de aprendizagem é fundamental, já que esta constitui o “veículo através do qual a aprendizagem online acontece.”

Neste contexto a ausência do aluno presencial, torna-se primordial a criação de comunidades de aprendizagens significativas, onde todos possam compartilhar sentimentos, conhecimentos e informações, tornando-se coautores de uma ideia.

Assim sendo, não devemos reduzir a competência do professor, ao aspecto técnico, como sendo a resposta de um simples comando de ordens e sim as qualidades pedagógicas que este deve aprimorar sempre, unindo o saber-aprender, o saber-fazer e o saber- ser em uma dimensão atemporal, na construção de novos saberes.

Referências:

 MORGADO, Lina. O papel do professor em contextos de ensino on-line: problemas e virtualidades. In: Discursos. Série, 3. Universidade Aberta, 2001. p. 125-138.

PERRENOUD, Philippe. “ 10 Novas Competências para Ensinar.” Porto Alegre: Artmed Editora, 2000.

Texto: Natalícia Alfradique