sábado, 13 de fevereiro de 2010

“O Quê Atrai Pessoas ao Marketing de Rede”?

Todos nós fazemos as coisas por motivos diferentes. Algumas pessoas querem ir para a universidade e estudar para se tornar um médico. Ou talvez um advogado. Algumas pessoas querem aprender a como estar no negócio. Outros não têm nenhum interesse em promover a sua educação, mas se contentam em trabalhar para alguém e ganhar um salário regular e curtir a vida.

Quando se trata de marketing da rede, as pessoas têm diferentes razões para se envolver. A maioria das pessoas vão dizer que querem ganhar algum dinheiro extra. Alguns dirão que querem substituir a sua renda para que eles possam parar seu trabalho. Outros estão apenas interessados em receber os seus produtos sem nenhum custo. E alguns vão participar, porque eles podem se sentir pressionados por um amigo.

Independentemente das razões que as pessoas se juntam a uma empresa de MLM, é vantagem para você saber as razões pelas quais seus prospectos aderem. Se você pode determinar a verdadeira razão por trás do interesse de seu prospecto em possuir um negócio em casa de marketing de rede você pode medir exatamente o seu envolvimento com seus novos "recrutas".

Porque isso é importante? Porque algumas pessoas se juntam por razões erradas. E se você está constantemente patrocinando as pessoas que têm razões erradas, para a adesão pode ter problemas. Como pode ser isso? Não querem apenas ser financeiramente independente?

Algumas pessoas têm um problema em determinar a diferença entre o que eles querem e o que eles precisam. E quando eles começam em um MLM, se não souberem ao certo porque eles estão envolvidos, então eles não serão um construtor de negócio sério. Eles têm de saber o que eles querem, porque querem e como obtê-lo.

Na superfície, a indústria do marketing de rede parece ser o veículo que irá dar às pessoas o que elas querem. E a maioria das pessoas vai lhe dizer que querem sair do seu atual trabalho. Bem, quem não gostaria de encerrar seu trabalho e viver a "boa vida"? Será que estas pessoas estão realmente procurando uma maneira de sair do trabalho?

Há um mundo de diferença entre parar seu trabalho e não querer trabalhar. Muitas pessoas que se juntam a uma empresa MLM esperam que eles vão fazer tanto dinheiro que eles podem parar seu trabalho. Um trabalho que não querem fazer.

Mas eles não conseguem perceber que o marketing de rede é também um trabalho. Se você quiser ganhar dinheiro com isso você tem que trabalhar para isso. Não há ciência miraculosa. No entanto, muitas pessoas pensam que marketing de rede lhes dará a oportunidade de fazer o que quiser e curtir a vida sem trabalhar.

Por que muitas pessoas aderem a indústria? Porque eles não querem trabalhar... Ponto final! Se você sabe isso antes de assinar o que você pode salvá-los, bem como a si mesmo um monte de agravamento. Certifique aos seus prospectos agora que é preciso trabalho para ser um distribuidor de sucesso em marketing de rede.

Sobre o Autor

Consultor de negócios online e estudante auto-didata nato incansável de técnicas de internet marketing e de ferramentas que auxiliem as pessoas que queiram desenvolver trabalhar a partir de casa utilizando a Internet. Como cristão sou empreendedor e empresário, cursei administração, trabalho a muitos anos com informática e internet. Para ler este e outros artigos mais aprofundados acesse o blog: http://blog.maisricodinheiro.net

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

“Atividades de Educação Física”

Pega-pega americano, mãe da rua e fugi-fugi


 

Introdução

Dentro do universo de jogos e brincadeiras infantis, os jogos de corrida e perseguição constituem um segmento muito importante para o desenvolvimento da motricidade e também uma modalidade de atividade lúdica muito apreciada pelas crianças dessa faixa etária (6 a 8 anos).


 

Os três jogos propostos aqui mobilizam as habilidades de perseguir e fugir, em três contextos com características diferenciadas, a saber:


 

No pega-pega americano, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos é multi-direcional, ou seja, os deslocamentos acontecem em todas as direções possíveis.

No mãe da rua, a trajetória do pegador é multi-direcional, mas as trajetórias dos fugitivos acontecem apenas em um sentido, de uma calçada para a outra.

No fugi-fugi, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos ocorre no mesmo sentido, mudando apenas a direção.


 

A realização desse tipo de atividade se justifica também pelas restrições de utilização do espaço impostas às crianças de hoje, principalmente para aquelas que moram em zonas urbanas.


 

Objetivos

Reconhecer a existência de regras nos jogos vivenciados.

Obedecer as regras com o auxílio do professor.

Explicar as regras dos jogos verbalmente para outras pessoas.

Realizar os movimentos básicos de correr, desviar, frear e equilibrar-se.


 

Conteúdos específicos

Jogos de corrida e perseguição.

habilidades motoras de correr, desviar, frear, equilibrar, além de capacidades físicas de velocidade, flexibilidade e resistência.


 

Ano

1º ao 3º ano


 

Tempo Estimado

Seis aulas de 40 minutos, subdivididos em 10 minutos para a roda de conversa inicial, 20 minutos para a vivência do jogo e os últimos 10 minutos para roda de conversa.


 

Material necessário

Espaço físico plano e desimpedido (quadra, pátio, rua, praia ou similar).

Lousa e giz.


 

Desenvolvimento das atividades

Em todas as aulas, inicie o encontro mostrando aos alunos como o jogo vai se desenvolver. Desenhe um diagrama simples na lousa, mostrando os limites de espaço a serem utilizados e o posicionamento das crianças. É interessante dar referências do espaço e representar os tipos de movimentos possíveis na atividade. Explique também as regras.


 

A seqüência didática está organizada em três conjuntos de duas aulas. Cada um dos jogos é vivenciado numa primeira aula e repetido na aula seguinte, visando a apropriação das regras e dos movimentos básicos por todo o grupo.


 


 

1ª e 2ª aulas

Pega-pega americano


 

Regras
Um jogador é escolhido como pegador, e os demais fogem dentro dos limites estabelecidos previamente. Quando um jogador é pego, ele deve ficar parado no lugar em que foi pego até ser salvo por algum outro jogador.


 

Para salvar um colega pego, o jogador deve agachar e engatinhar por entre as pernas desse jogador. É importante esclarecer que nenhum jogador pode ser pego pelo pegador enquanto estiver salvando algum colega.


 

O vencedor do jogo é aquele pegador que conseguir imobilizar todos os fugitivos, numa mesma rodada.


 

Atenção: é importante orientar os alunos sobre a forma segura de pegar os fugitivos, utilizando apenas o toque de mão em alguma parte do corpo do colega, evitando tocar a região do rosto e dos cabelos ou agarrar e segurar os jogadores fugitivos, o que poderá causar acidentes.


 

Periodicamente, interrompa a partida e torque o pegador, para garantir que ao longo das duas aulas todos os alunos passem pelas funções básicas do jogo: pegador e fugitivo/salvador.


 

3ª e 4ª aulas

Mãe da Rua


 

Regras
O espaço em que será realizado é delimitado por duas linhas paralelas com a distância de mais ou menos 8 metros entre elas, simulando o espaço de uma rua com duas calçadas.


 

As crianças se posicionam atrás de uma das linhas e ficam voltadas na direção do espaço entre elas. Um jogador é escolhido como pegador e se posiciona no centro do espaço de jogo.


 

O desafio para os fugitivos é atravessar o campo de jogo entre uma calçada e outra sem ser tocado pelo pegador, caso isso aconteça o jogador pego assume essa função, e o pegador passa a ser fugitivo.


 

Você pode propor uma regra que torna o jogo mais desafiante para todos os participantes: os jogadores fugitivos que deixarem uma das calçadas em direção ao campo não podem mais retornar para a calçada de onde saíram, tendo que tentar a travessia do campo.


 

Essa regra é um pouco difícil de ser seguida de pronto por crianças dessa idade pois envolve um controle corporal e uma leitura das velocidades e das distâncias entre os jogadores que é um pouco complexa. No entanto, é justamente a construção dessas noções de distância e velocidade o objeto principal de aprendizagem que o jogo promove nos jogadores.


 

Um desdobramento do grau de complexidade do jogo pode ser proposto na segunda aula de vivência do jogo, com a alteração de um detalhe da regra: o jogador que é pego se transforma em pegador, mas quem o pegou continua exercendo essa função, ou seja, a cada jogador pego aumenta o número de pegadores. Conseqüentemente, o espaço de fuga vai se tornando cada vez menor e o desafio para os fugitivos vai se tornando cada vez mais complexo.


 

Também aqui, cuide para que todos os jogadores possam vivenciar as funções de pegador e de fugitivo.


 

5ª e 6ª aulas

Fugi-fugi


 

O espaço para o jogo é delimitado num retângulo de 15 x 10 metros, aproximadamente. Essa medida pode variar um pouco em função do número de alunos e do espaço físico disponível. Se no início da atividade o educador perceber que o espaço está muito congestionado ou que os jogadores estão ficando muito distantes entre si, faça um ajuste nas medidas.


 

Um jogador é escolhido pegador e se posiciona atrás de uma das linhas do lado menor do retângulo. Os demais jogadores (os fugitivos) se posicionam atrás da linha, do lado oposto do campo onde está o pegador.


 

O desafio dos fugitivos é atravessar correndo o campo de jogo sem serem pegos, até a extremidade oposta do campo, a cada rodada. No início de cada rodada, o pegador, de sua posição inicial, grita a todos: "Lá vou eu!!!" Ao que os fugitivos respondem em coro: "Fugi-fugi!!!" e imediatamente partem para a travessia do campo de jogo.


 

Também aqui, ao jogador que entra no campo não é mais permitido voltar para trás da linha de fundo. Os jogadores que forem pegos se transformam em pegadores fixos, na posição do campo em que foram pegos, tornando-se auxiliares do pegador principal.


 

A cada rodada, repetem-se os avisos de "Lá vou eu!" e "Fugi-fugi!" antes de cada período de fuga e perseguição. Ao longo da partida, o espaço vai sendo ocupado por um número maior de pegadores fixos, e é declarado vencedor o jogador que conseguir se manter ileso até a rodada final.


 

Fique atento para o caso de um pegador escolhido não conseguir realizar seu propósito, tornando o jogo desinteressante para si e para o grupo. Nesse caso, escolha um segundo pegador para auxiliar o pegador principal.


 

Avaliação

Ao final de cada aula, reúna os estudantes numa roda de conversa para vocês avaliarem juntos os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência dos jogos. Embora exista a possibilidade de um vencedor final, é pouco provável que isso ocorra nessa faixa etária. Atenção: saber quem foram os vencedores também é pouco eficiente, uma vez que a sensação mais efetiva é vivida pela criança a cada êxito alcançado no ato de conseguir pegar ou conseguir escapar.


 

*Fonte: Marcelo Jabu é professor de educação física.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

“Distúrbios e Transtornos”

Distúrbios e transtornos

 
 

»  Discalculia

»  Dislexia

»  Disgrafia

»  Disortografia

»  Disartria

»  TDAH

 
 

  


 

 
 

A matemática para algumas crianças ainda é um bicho de sete cabeças. Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e ficam muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais, muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá.

Em muitos casos o problema não está na criança, mas no professor que elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criança.

Carraher afirma que:

 
 

"Vários estudos sobre o desenvolvimento da criança mostram que termos quantitativos como "mais", "menos", maior", "menor" etc. são adquiridos gradativamente e, de início, são utilizados apenas no sentido absoluto de "o que tem mais", "o que é maior" e não no sentido relativo de " ter mais que" ou "ser maior que". A compreensão dessas expressões como indicando uma relação ou uma comparação entre duas coisas parece depender da aquisição da capacidade de usar da lógica que é adquirida no estágio das operações concretas"..."O problema passa então a ser algo sem sentido e a solução, ao invés de ser procurada através do uso da lógica, torna-se uma questão de adivinhação" (2002, p. 72).

 
 


 
 

No entanto, em outros casos a dificuldade pode ser realmente da criança e trata-se de um distúrbio e não de preguiça como pensam muitos pais e professores desinformados.

Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas.

De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianças com desordens e fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta aprendizagem:

 
 

  • Distúrbios de memória auditiva:

- A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para resolver os problemas matemáticos.

- Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar do número com rapidez.

 
 

  • Distúrbios de leitura:

- Os dislexos e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.

- Distúrbios de percepção visual: a criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em realizar cálculos.

 
 

  • Distúrbios de escrita:

- Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números.

 
 

Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemática, mas a discalculia impede a criança de compreender os processos matemáticos.

A discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não confundir a discalculia com os fatores citados acima.

O portador de discalculia comete erros diversos na solução de problemas verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na compreensão dos números.

Kocs (apud García, 1998) classificou a discalculia em seis subtipos, podendo ocorrer em combinações diferentes e com outros transtornos:

  1. Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os números, os termos, os símbolos e as relações.
  2. Discalculia Practognóstica - dificuldade para enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
  3. Discalculia Léxica - Dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
  4. Discalculia Gráfica - Dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
  5. Discalculia Ideognóstica – Dificuldades em fazer operações mentais e na compreensão de conceitos matemáticos.
  6. Discalculia Operacional - Dificuldades na execução de operações e cálculos numéricos.

 
 

Na área da neuropsicologia as áreas afetadas são:

 
 

  • Áreas terciárias do hemisfério esquerdo que dificulta a leitura e compreensão dos problemas verbais, compreensão de conceitos matemáticos;
  • Lobos frontais dificultando a realização de cálculos mentais rápidos, habilidade de solução de problemas e conceitualização abstrata.
  • Áreas secundárias occípito-parietais esquerdos dificultando a discriminação visual de símbolos matemáticos escritos.
  • Lobo temporal esquerdo dificultando memória de séries, realizações matemáticas básicas.

 
 

De acordo com Johnson e Myklebust a criança com discalculia é incapaz de:

 
 

  • Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;
  • Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro pacotes de 250 gramas.
  • Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e sucessor.
  • Classificar números.
  • Compreender os sinais +, - , ÷, ×.
  • Montar operações.
  • Entender os princípios de medida.
  • Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas.
  • Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.
  • Contar através dos cardinais e ordinais.

 
 

Os processos cognitivos envolvidos na discalculia são:

 
 

1. Dificuldade na memória de trabalho;

2. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais;

3. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefas de escrita);

4. Não há problemas fonológicos;

5. Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem;

6. Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;

7. Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-táteis.

 
 

De acordo com o DSM-IV, o Transtorno da Matemática caracteriza-se da seguinte forma:

  • A capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, encontra-se substancialmente inferior à média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.
  • As dificuldades da capacidade matemática apresentadas pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade.
  • Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas excedem aquelas geralmente a este associadas.
  • Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse Transtorno, como as habilidades lingüisticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de problemas escritos em símbolos matemáticos), perceptuais (reconhecimento de símbolos numéricos ou aritméticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação), e matemáticas (dar seqüência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).

 
 

Quais os comprometimentos?

 
 

  • Organização espacial;
  • Auto-estima;
  • Orientação temporal;
  • Memória;
  • Habilidades sociais;
  • Habilidades grafomotoras;
  • Linguagem/leitura;
  • Impulsividade;
  • Inconsistência (memorização).

 
 

Ajuda do professor:

 
 

O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar:

 
 

  • Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;
  • Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer completando sua fala;
  • Corrigir o aluno freqüentemente diante da turma, para não o expor;
  • Ignorar a criança em sua dificuldade.

 
 

Dicas para o professor:

         Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;

         Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;

         Proponha jogos na sala;

         Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis;

         Procure usar situações concretas, nos problemas.

 
 


 


 

 
 

Ajuda do profissional:

 
 

Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Recomenda-se pelo menos três sessões semanais.

O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto de interesse da criança.

O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou neuropsicológica.

 
 

O que ocorre com crianças que não são tratadas precocemente?

 
 

  • Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global
  • O aluno fica inseguro e com medo de novas situações
  • Baixa auto-estima devido a críticas e punições de pais e colegas
  • Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em utilizar a matemática no seu cotidiano.

 
 

 
 

Qual a diferença? Acalculia e Discalculia.

A discalculia já foi relatada acima.

A acalculia ocorre quando o indivíduo, após sofrer lesão cerebral, como um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico, perde as habilidades matemáticas já adquiridas. A perda ocorre em níveis variados para realização de cálculos matemáticos.

 
 

Cuidado!

As crianças, devido a uma série de fatores, tendem a não gostar da matemática, achar chata, difícil. Verifique se não é uma inadaptação ao ensino da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua criança é saudável e está se desenvolvendo normalmente em outras disciplinas não se desespere, mas é importante procurar um psicopedagogo para uma avaliação.

Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente, acarretando erros que poderão ser melhorados com a ajuda de um professor mais atento.

 
 

Bibliografia:

 
 

CARRAHER, Terezinha Nunes (Org.). Aprender Pensando. Petrópolis, Vozes, 2002.

GARCÍA, J. N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, ArtMed, 1998.

JOSÉ, Elisabete da Assunção, Coelho, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. São Paulo, Ática, 2002.

RISÉRIO, Taya Soledad. Definição dos transtornos de aprendizagem. Programa de (re) habilitação cognitiva e novas tecnologias da inteligência. 2003.

http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=133

http://www.juliannamartins.ubbi.com.br/pagina2.html

 
 


 


 


 


 

 
 

 
 

O que é?

 
 

       A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente detectado a partir da alfabetização, período em que a criança inicia o processo de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.

Porém se a criança estiver diante de pais ou professores especialistas a dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:

 
 

-   - Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no cadarço do sapato, pegar e chutar bola.

-   - Atraso na locomoção.

-   - Atraso na aquisição da linguagem.

-   - Dificuldade na aprendizagem das letras.

 
 

A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.

A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que dislexos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita.

O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.

 
 

Características:

 
 

- Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.

- Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.

- Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.

- Adições ou omissões de sons: casa Lê casaco, prato lê pato.

- Ao ler pula linha ou volta para a anterior.

- Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece letras isoladamente sem poder ler.

- Leitura lenta para a idade.

- Ao ler, movem os lábios murmurando.

- Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.

- Usa dedos para contar.

- Possui dificuldades em lembrar se seqüências: letras do alfabeto, dias da semana, meses do ano, lê as horas.

- Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário escolar.

- Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou mesmo letras.

- Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou redações mostra severas complicações.

- Afeta mais meninos que meninas.

 
 

 
 

O dislexo geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.

 
 

     Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia alguns fatores deverão ser descartados, tais como:

 
 

- imaturidade para aprendizagem;

- problemas emocionais;

- métodos defeituosos de aprendizagem;

- ausência de cultura;

- incapacidade geral para aprender.

 
 

Tratamento e orientações:

 
 

- O tratamento deve ser realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqüente.

Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras e palavras.

- Reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores. É interessante que ele percorra o contorno das letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.

- Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando gradativamente conforme seu ritmo.

- Não exigir que faça avaliação de outra língua. Deve-se dar mais importância na superação de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra língua.

- O tratamento psicológico não é recomendado a não ser nos casos de graves complicações emocionais.

- Substituir o ensino através do método global (já que não consegue perceber o todo), por um sistema mais fonético.

- Não estimule a competição com colegas nem exija que ele responda no mesmo tempo que os demais.

- Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.

- Quando a criança não estiver disposta a fazer a lição em um dia ou outro não a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta estimulado.

- Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Mas atenção: não exagere nas inúmeras correções, isso pode desmotivá-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.

- Peça que os pais releiam o diário de classe sem criticá-los por não conseguir fazê-lo, pois a criança pode esquecer o que foi pedido e/ou não conseguir ler as instruções.

 
 

Bibliografia:

 
 

CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.

ELLIS, Andrew W. (1995). Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas.

JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática.

 
 

 
 


 

Disgrafia  

 
 

Simaia Sampaio

  

O que é:

 
 

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.

Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia

A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

 
 

Carcaterísticas:

 
 

-   - Lentidão na escrita.

-   - Letra ilegível.

-   - Escrita desorganizada.

-   - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.

-   - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.

-   - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.

-   - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).

-   - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.

-   - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.

-   - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

 
 

O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima.

 
 

Tipos:

 
 

Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:

- Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever

- Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

 
 

Tratamento e orientações:

 
 

O tratamento requer uma estimulação lingüística global e um atendimento individualizado complementar à escola.

Os pais e professores devem evitar repreender a criança.

Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.

Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.

Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.

Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

 
 

 
 

  

 
 

       Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia.

A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.

 
 

 
 

Caraterísticas:

 
 

-   - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.

-   - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.

-   - Adições: ventitilador.

-   - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.

-   - Fragmentações: en saiar, a noitecer.

-   - Inversões: pipoca/picoca.

-   - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.

 
 

Orientações:

 
 

Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas.

Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar.

Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.

   

 
 

 
 

  

 
 

Tem como característica principal a fala lenta e arrastada devido a alterações dos mecanismos nervosos que coordenam os órgãos responsáveis pela fonação.

A disartria de origem muscular é resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação.

A disartria pode ter origem em lesões no sistema nervoso o que altera o controle dos nervos provocando uma má articulação.

Podemos encontrar a disatria em pessoas que sofrem de paralisia periférica do nervo hipoglosso (duodéssimo par dos nervos cranianos. Inerva os músculos da língua) pneumogástrico (nervo vago ou décimo par craniano que inerva a laringe, pulmões, esôfago, estômago e a maioria das vísceras abdominais) e facial. Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicação alcoólica, com tumores (malignos ou benignos) no cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, traumatismos crânio-encefálicos.

No caso de lesões cerebrais, os exames clínicos mostram que as alterações não se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros distúrbios tais como gnósio-apráxicos ou transtornos disfásicos.

 
 

 
 

Bibliografia:

 
 

JOSÉ, Elisabete da Assunção José & COELHO, Maria Teresa. Problemas de    Aprendizagem. 12ª edição, São Paulo: Ática.

http://www.mps.com.br/InfoServ/renascer/neurologia.htm

http://www.psiqweb.med.br/cursos/linguag.html


 


 

Fonte: Simaia Sampaio