sábado, 10 de outubro de 2009

A adoção de crianças

Num mundo onde o ato de ser criança, deixou de ser uma fase da infância dando lugar ao mundo precoce do trabalho e tem sido um momento onde o brincar tormou-se um privilégio de alguns, vejo o ato de adoção o mais generoso gesto, quando se pensa em ser solidário. Por isso, nesse mês ao qual comemoramos o dia das crianças, trago este assunto para que juntos possamos lembrar à todos que este é um meio digno de auto-ajuda e de ajuda ao próximo. Não solicito só atenção e nem piedade, solicito reflexão sobre um assunto que deveria ser dado pelos meios de comunicação mais prioridade, sendo aberto um canal de discussão constante que é: A Adoção de crianças independente do gênero, cor , raça ou idade.
Para o promotor de Justiça aposentado e especialista em adoção Wilson Donizeti Liberati, os pais precisam ficar atentos e pensar bem no porquê querem adotar.

“A criança tem o direito a uma família, não são os pais que têm direito a filhos. Uma adoção não vai resolver a situação de um casal com problemas conjugais, por exemplo”, afirma.

Quem quer adotar precisa saber que vai ter que passar e ser aprovado por uma série de análises de especialistas da Vara da Infância. Algumas pessoas têm uma dificuldade muito grande para serem avaliadas. Elas acham que o simples fato de quererem ser pais é suficiente, não aceitam as avaliações.

Se você pensou bem e está preparado, confira agora o que acontece em um processo normal de adoção:


Quem pode adotar: - Qualquer pessoa maior de 18 anos independente de seu estado civil. Os pais adotivos precisam ser no mínimo 16 anos mais velhos que o adotado.
10 passos para adotar:

1) O primeiro passo é procurar a Vara de Infância e Juventude mais perto de sua casa e entrar com um pedido de adoção. “Não é preciso advogado e é tudo de graça”, afirma o juiz Torres de Carvalho.

2) Após a entrada do pedido, você será encaminhado para o setor técnico da Vara, onde assistirá palestras de orientação sobre a documentação e os cuidados necessários.

3) Os futuros pais considerados aptos são encaminhados para entrevistas com psicólogos e assistentes sociais. Os considerados não-preparados recebem o contato de grupos de apoio para pretendentes à adoção.

4) Nas entrevistas, os pais são avaliados. Nessa fase, a casa dos adotantes também deve ser visitada por assistentes sociais.

5) O setor elabora um parecer técnico sobre as condições da futura família, que vai ao Ministério Público. O Ministério Público analisa o caso e faz o seu próprio parecer. O processo todo é encaminhado ao juiz da Vara.

6) O juiz decide se os pais estão habilitados para a adoção. Se estiverem, seu registro vai para o Cadastro Nacional de Adoção. Se não estiverem, eles podem recorrer à decisão.

7) Depois dos pais estarem devidamente cadastrados, o juiz vai ver quais crianças ele tem disponível para adoção que correspondem ao perfil especificado. “O principal cuidado é encontrar uma família que seja adequada à criança”, afirma Carvalho. Quanto menos exigências o casal fizer, mais rápida é essa fase.

8) Se os pais concordam com a sugestão do juiz, começa a fase de “aproximação”. A criança começa a ser preparada no abrigo para conhecer a família. A família são informados sobre a história da criança.

9) Os pais conhecem a criança gradativamente. Primeiro, vêem de longe. Depois, conhecem dentro de um grupo. Após algumas visitas, levam a criança para passear. Mais tarde, para dormir na casa da família. Assistentes sociais e psicólogos acompanham o processo.

10) Se tudo der certo, os pais recebem a guarda da criança por um "período de convivência”. A Vara e o abrigo acompanham tudo. Quando a nova família for considerada “estável”, a adoção é formalizada e a criança é considerada filha, com todos os direitos de um filho biológico. De acordo com o juiz, é impossível precisar o tempo que o processo leva. “Varia de casal para casal, de caso para caso”, afirma.

"A maioria quer uma criança de até três anos, branca, sem irmãos. Isso já elimina 90% do meu cadastro” "

“Mesmo entre as pessoas que têm um perfil mais aberto é difícil. Há casos de pais para quem não importa o sexo da criança, nem a idade, nem a cor e ainda assim eles têm que esperar por que geralmente ninguém quer uma criança com um histórico de violência”, afirma ele. “As crianças que vão para adoção não fizeram pré-Natal no Einstein. São crianças que foram abandonadas e estão traumatizadas.”
Para Liberati, os pais adotivos precisam estar preparados por que sua missão é “resolver o problema da criança”. “Essa criança provavelmente veio de um ambiente difícil. O trabalho dos pais será consertar isso. Não é fácil”, afirma.


Adoção dirigida

O juiz Reinaldo Cintra Torres de Carvalho explica também que é crime de falsidade ideológica “adotar” uma criança simplesmente a registrando como se fosse sua. “Essa é uma prática que diminuiu muito devido às medidas tomadas para inibir o registro fora das maternidades, mas ainda existe. É bom lembrar que isso é crime”, afirma.
Adotar uma criança já conhecida é possível, mas precisa obedecer algumas regras. A chamada “adoção dirigida” só é permitida pelo juiz caso seja comprovado um “vínculo afetivo” entre os pais biológicos e os potenciais pais adotivos. “Por exemplo, se for um parente, um padrinho ou um amigo comprovadamente de muitos anos”, afirma.
Entrega para adoção

Quem quer entregar uma criança para adoção, por qualquer motivo, também deve procurar a Vara da Infância. “Quem não tem condições ou não quer, por qualquer motivo, criar uma criança não só pode, como deve, procurar a Vara. Lá, essa mãe vai receber todo o apoio necessário. A Vara vai tentar ajudar a situação para que a família permaneça unida, mas se isso não for possível, vai receber a criança da melhor maneira possível”, explica.

Fonte:www.o globo.com.br


" Onde você coloca o sal"

Esse texto recebi de um grande amigo. Compartilho com vocês.
***
O velho monge pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O monge sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:- Qual é o gosto?'
- Normal! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
- Não... - disse o jovem.
O monge então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:- A dor na vida de uma pessoa não muda, mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
(Pensamento Zen-Budista)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Uma visita ao Blog “Administrando Pessoas”

Olha, acabei de ver um vídeo- “ Love for all”- da famosa marca Bjorn Borg, no blog Administrando Pessoas, que desafia a qualquer mentalidade. Para mim foi uma surpresa o final deste.
Não esperava uma atitude tão aberta e desafiadora. Bem, não vivo na Califórnia, vivo em uma cidade pequena, metida à cidade grande e ainda muito provinciana.
O desafio é lançado com originalidade, com certeza haverá muitas opiniões controversas, mas haverá também opiniões favoráveis. Não tenho conhecimento suficiente para ter uma orientação técnica sobre o assunto, isto é, será se o universo da ciência tem algo revelador para nos dizer a respeito do homossexualismo? A única coisa que tenho é o que sinto, percebo e vejo no meu pequeno mundo.
Sou contra o aborto. Sou contra a discriminação sexual. Sou contra o racismo. Sou contra a discriminação de gênero, cor e raça. Sou contra o uso de animais em laboratórios. Sou contra a injustiça. Sou contra a tourada e contra a qualquer ato desumano com os animais.
Sou preconceituosa, porque fui criada dessa forma. Mas luto todos os dias para vencer essa barreira. Sou conservadora, sou romântica, tenho opinião, sou centralizadora, sou favorável à união e sou principalmente família. E não sou hipócrita!
A nossa sociedade adora uma hipocrisia. Adora sorrir e fazer média. Adora ser deslumbrada!
Vejo o universo de forma a reconhecer que ele é muito maior do que a minha possibilidade de julgamento. Vejo que o homem cresce em busca de respostas. Mas não cresce tanto quanto deveria quando se restringe ao seu universo para julgar o “comportamento” do outro. Isso é perda de tempo.
Você já parou para pensar que o seu último desejo antes de morrer, será realizado por outra pessoa e que na verdade você não irá desfrutá-lo?
Você já parou para pensar que de repente, esse desejo represente tudo aquilo que você queria, mas não teve “peito” para assumir?
Eu tenho pensado sobre isso... Quantas pessoas detestam o seu trabalho e não saem por medo.
Quantas pessoas que só querem ter uma família, o seu projeto de vida é este, e não se realizam porque a sociedade te convence o tempo todo que o melhor indivíduo é aquele que se encontra no mercado de trabalho e de preferência no topo. “Essa afirmação “me fez lembrar tal programa chamado” O APRENDIZ”. Pior que o modelo deste é o apresentador ( esse é o tipo de perda de tempo nada recomendável e nada eficaz!) Eu fico a imaginar como uma pessoa inteligente (bem todos nós somos inteligentes!), pode se oferecer para tanto. Este é de uma arrogância e prepotência, que mesmo sendo de fachada me incomoda.
Bem, alguns dirão, então este cumpriu o seu papel. Não acredito! Ali há uma enorme exposição de ego, que só não é maior que os comerciais dos intervalos, porque não podem ser.
Eu sou avessa a comerciais. A maioria dele deveria ser banida. Para mim este é um meio promissor à apatia, a intolerância e ao desrespeito ao ser humano. Vende-se o tempo todo gato por lebre.
O meu universo ainda é poético. Preciso de livros. Necessito sempre com urgência da escrita para dizer o quanto posso ser melhor e de preferência estudando, criando e trabalhando. Fico satisfeita quando ouço um noticiário e fico sabendo que alguém descobriu a cura de uma doença grave e ou escreveu um novo livro. Como isso me faz feliz!
A vida é assim. Você vive por ela e com ela, criando, reinventando, fazendo e desfazendo os equívocos a todo tempo. Não existe a pergunta respondida, que não mereça ser revisitada. Nada é definitivo!
Tenho certeza que se fosse pra existir algo “definitivo”, este seria o homem, como não é...
Coloque-se sempre no presente. Coloque amor e originalidade em tudo. Se for possível, pense grande, mas com responsabilidade. Sonhe, sonhe muito... Não há nada melhor do que acreditar em si mesmo. Ame, ame muito, pois só assim a sua vida terá valido a pena. E nunca desista! Amanhã é um novo dia e tudo se renova.