sábado, 26 de junho de 2010

Aedes aegypti e Aedes albopictus - Uma Ameaça nos Trópicos - PARTE 2




O documentário mostra o ciclo de vida dos mosquitos que transmitem a dengue e a febre amarela, Aedes aedypti e Aedes albopictus. Excelente para o aprendizado, tanto nas escolas públicas, quanto às ONGs e comunidades.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Desabafo...



“Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.”

Estou triste. Não é uma tristeza comum, é uma tristeza de pesar. A perda é algo que não estamos preparados. Podemos filosofar sobre a morte, podemos ter uma religião, fé, mas ainda assim, é algo que o mistério ronda como uma sombra na caverna.


Creio que a morte é a própria resposta da vida. Mas isso por si só não acalma e nem responde a necessidade do apego a perda ao ente querido.

Nem sempre lembro-me dos meus sonhos. Mas ontem sonhei com a minha mãe. Ela me pedia para aquecer os seus pés, coisa que gostava de fazer e foi à última que fiz por ela na UI. Logo em seguida, veio o meu cachorro, que me pediu um grande afago. Eu o reconheci pelo seu cheiro.

E após, tive alguns pesadelos. Coisa que só o inconsciente nos revê-la.

Essa semana foi pesada. Entre perdas e ganhos, as perdas foram maiores. Perdas que só os seres humanos são capazes de arquitetar.

Eu sempre tive como melhores amigos os animais, parece louco, mas é algo explicável para quem é filho temporão, onde a sua irmã mais velha só tem tempo pra sua escolha religiosa e a do meio resolve assumir o papel de mãe. Como lidar com tantas perdas: minhas e a dos outros.

Vivi rodeada de animais. Muitas das vezes cheguei acreditar que eles são muito mais sábios que os humanos. Não tive um animal que se quer me magoasse ou abandonasse.

Acredito que Deus os colocou no mundo para ensinar aos seres humanos a serem mais humanos.

E para mim, foi à forma que encontrei para pertencer a este mundo, para enfrentar as reações adversas. Sabemos que o mundo material não preenche uma existência e sim o respeito as nossas crenças e valores. Mesmo que o destino nos aponte um caminho, mesmo assim, temos que construir o caminho.

E aqui ficam muitas perguntas:

- Quem eu abandonei? Quem eu deixei de ajudar?

O amor é transitório, a sabedoria não e a minha caridade deve ser grande. Não existe amor sem caridade, assim como não existe fé sem espiritualidade.

Não procuro a salvação, procuro a fé nas pessoas que geram ações humanitárias diante de sua fé.

Que possamos ser sábios, fortes, dignos, diante da crueldade humana, ajudando a exterminar o trabalho escravo, a matança aos animais, a discriminação social e valorizando a todos aqueles que dedicam a sua vida em prol das pesquisas que venham salvar vidas e respeitem os princípios humanitários.

É isso que desejo para mim e para os meus semelhantes.

Bom fim de semana!

Natalícia

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Palavras para uma cidade, de José Saramago


Hoje tirei o dia para me emocionar, com tantas palavras presas na garganta que só um novo retrato de um novo ser poderia se auto revelar... EU.

Fonte: http://www.youtube.com/

Do fundo do poço se vê a lua, de Joca Reiners Terron




Vi esse vídeo e algo nele me emocionou. Não sei bem o que foi, mas acredito que venho percorrendo muitos caminhos e novas facetas dos seres humanos que ainda não conhecia. Por isso talvez, ele se encontre nesse universo investigativo.
Irei conferir...


Do fundo do poço se vê a lua conta a história de Wilson e William, gêmeos nascidos em São Paulo nos anos finais da ditadura. Órfãos de mãe e criados pelo pai, ator, os meninos são treinados para atuarem juntos, mas as brincadeiras da infância, porém, revelam que a semelhança dos irmãos é apenas física. William é violento, taciturno e masculino, enquanto Wilson é feminino e dono de inteligência tão sagaz quanto compulsiva.
A espinha dorsal do romance é a batalha de Wilson para livrar-se da imagem espelhada do irmão e se transformar numa figura feminina inspirada pelo objeto de sua obsessão, a rainha egípcia Cleópatra, sobretudo como encarnada no cinema por Elizabeth Taylor. Após uma tragédia que separa os gêmeos, uma trama surpreendente envolvendo trocas de sexo, assassinatos e perda de memória conduzirá a história até a enigmática cidade do Cairo. Incitado por um cartão-postal enviado pelo irmão desaparecido, William irá à sua procura e tentará resolver o mistério de seu paradeiro e de sua identidade.
Com um estilo ao mesmo tempo cômico e violento, poético e rude, o autor revela aos poucos uma história sobre o amor fraterno buscando resistir à ameaça insistente do signo da morte.

Fonte: blog companhia das letras

terça-feira, 22 de junho de 2010

" Benéfica solidão" - Martha Medeiros


( Mosteiro Meteora na Grédia)


“ Geralmente a solidão é larga, esgarçada, como uma camiseta que poderia vestir outros corpos além do nosso.

E costuma ser com outros corpos que se tenta combatê-la, mas combatê-la por quê?

Se nossa solidão pudesse ser visualizada, ela seria um vasto campo abandonado, um estádio de futebol numa segunda-feira de manhã. Dói, mas tem poesia. Por isso ela não precisa ser aniquilada, ela só precisa de um sentido.

Eu não saberia dizer que outra coisa mais benéfica para isso do que livros. Uma biblioteca com mil volumes é um exército que não combate a solidão, mas a ela se alia.

A solidão costuma ser tratada como algo deslocado da realidade, como um tumor que invade um órgão vital. Ah, se todos os tumores pudessem ser curados com amigos. Uma pessoa que não fez amigos não teve pela sua vida nenhum respeito.

Nossa solidão é nossa casa e necessita abrir horários de visita, hospedar, convidar para o almoço, cozinhar com afeto, revelar-se uma solidão anfitriã, que gosta de ouvir as histórias das solidões dos outros, já que todos possuem seus descampados.

Permita que sua solidão seja bem aproveitada, que ela não seja inútil. Em vez de tentar expulsá-la, habite-a com espiritualidade, estética, memória, inspiração, percepções. Não será menos solidão, apenas uma solidão mais povoada. "



Por: Martha Medeiros
Fonte: Blog: BLISS1000