quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Paisagens Educacionais

Paisagens Educacionais

EDUCAR COM CARINHO



Educar é muito mais difícil do que criar hábitos saudáveis de convivência já dizia minha mãe. Educar é para vida toda, algo que vai além do hoje do amanhã. Então como nos preparar para essa convivência nos dias atuais?

Tarefa árdua pra quem não pode contar com boas referências e principalmente com a ajuda dos familiares.

Vejo muitas crianças sendo levadas para a escola e lá convivem por três ou quatro horas com diferentes pessoas e quando voltam para casa continuam com os mesmos hábitos. Só percebemos que algo mudou quando algo de ruim acontece. Com isso, novos valores e percepções invadem o nosso dia a dia.

Percebo que a criança incorpora em seus hábitos a influencia dos adultos e dos pequenos colegas. Ainda não fazem as escolhas mais acertadas, mas já fazem escolhas. Como conduzi-los ao acerto? Essa é uma questão a ser pensada, afinal educamos para termos filhos saudáveis, alegres e éticos.

Mas, na atual circunstância a rotina da vida adulta não ajuda em nada. Os pais já correm desde o amanhecer e a escola exige muito mais compromisso de horário e agendas, do que se pode oferecer. Já vi crianças retornando para casa sem que os pais fossem ouvidos. Creio que a escola que não escuta o pai, provavelmente terá grandes problemas com este aluno. Há de se conquistar a autonomia de ambas as partes, mas com respeito e construção de identidade escolar. O carinho pela escola deve ser o carinho que temos pelos alunos e vice-versa.

Quando construímos uma relação de confiança devemos lembrar que a chave está no relacionamento afetivo e que a moral e os bons costumes vêm amparados por esta relação. Tanto é que quem consegue chamar a atenção de um adulto ou criança na hora da bronca descontrolada e ao mesmo tempo considerar que está educando? Creio que só quando tivermos tudo sob controle, isto é, mais calmos, poderemos refletir o que falar e como falar. O que quero dizer é que os pais costumam misturar afeto com desagrado numa única ação. Assim, nada dá certo. O que podemos esperar de um pai que só conversa com o seu filho, dando bronca, colocando-o para baixo? Ou aquele que só vê qualidades em seu filho? Tudo ao extremo nos traz insegurança e falta de conforto emocional.

A verdade deve ser dita sempre, mas com cuidado e deve ser observada de longe para percebermos o crescimento daquela criança em relação a informação. Não devemos colocar  ponto final e sim considerarmos que temos ainda um caminho a ser observado.

Portanto, educar e ensinar são papéis relevantes e devemos construí-los passo a passo.
Espero que as escolas cresçam em ações efetivas e amadureçam com as novas experiências, pois, a cada aluno novo um novo desafio recomeça.