EDUCAR COM CARINHO
Educar é muito mais difícil do
que criar hábitos saudáveis de convivência já dizia minha mãe. Educar é para
vida toda, algo que vai além do hoje do amanhã. Então como nos preparar para
essa convivência nos dias atuais?
Tarefa árdua pra quem não pode
contar com boas referências e principalmente com a ajuda dos familiares.
Vejo muitas crianças sendo
levadas para a escola e lá convivem por três ou quatro horas com diferentes
pessoas e quando voltam para casa continuam com os mesmos hábitos. Só
percebemos que algo mudou quando algo de ruim acontece. Com isso, novos valores
e percepções invadem o nosso dia a dia.
Percebo que a criança incorpora
em seus hábitos a influencia dos adultos e dos pequenos colegas. Ainda não
fazem as escolhas mais acertadas, mas já fazem escolhas. Como conduzi-los ao
acerto? Essa é uma questão a ser pensada, afinal educamos para termos filhos
saudáveis, alegres e éticos.
Mas, na atual circunstância a
rotina da vida adulta não ajuda em nada. Os pais já correm desde o amanhecer e
a escola exige muito mais compromisso de horário e agendas, do que se pode
oferecer. Já vi crianças retornando para casa sem que os pais fossem ouvidos.
Creio que a escola que não escuta o pai, provavelmente terá grandes problemas
com este aluno. Há de se conquistar a autonomia de ambas as partes, mas com
respeito e construção de identidade escolar. O carinho pela escola deve ser o
carinho que temos pelos alunos e vice-versa.
Quando construímos uma relação de
confiança devemos lembrar que a chave está no relacionamento afetivo e que a
moral e os bons costumes vêm amparados por esta relação. Tanto é que quem
consegue chamar a atenção de um adulto ou criança na hora da bronca descontrolada
e ao mesmo tempo considerar que está educando? Creio que só quando tivermos
tudo sob controle, isto é, mais calmos, poderemos refletir o que falar e como
falar. O que quero dizer é que os pais costumam misturar afeto com desagrado numa única ação. Assim, nada dá certo. O que podemos esperar de um pai que só
conversa com o seu filho, dando bronca, colocando-o para baixo? Ou aquele que
só vê qualidades em seu filho? Tudo ao extremo nos traz insegurança e falta de
conforto emocional.
A verdade deve ser dita sempre,
mas com cuidado e deve ser observada de longe para percebermos o crescimento daquela
criança em relação a informação. Não devemos colocar ponto final e sim considerarmos que temos
ainda um caminho a ser observado.
Portanto, educar e ensinar são
papéis relevantes e devemos construí-los passo a passo.
Espero que as escolas cresçam em
ações efetivas e amadureçam com as novas experiências, pois, a cada aluno novo
um novo desafio recomeça.
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