Nesse momento estou fazendo alguns cursos online e alguns deles com a intenção de capacitação e especialização para professor em curso à distância ( EAD). Por isso, li um artigo e alguns depoimentos, fiz um recorte e os colei aqui. Quem quiser ler e opinar, fiquem à vontade!
Professores digitais
Quando encontra dificuldade para ajudar o filho na lição de casa, Bill
Gates aciona o professor Salman Khan. "Tudo fica fácil", diz Gates, que,
nos últimos anos, vem gastando dezenas de milhões de dólares em sua
fundação para descobrir novos jeitos de educar.
Filho de família da Índia e de Bangladesh, Khan tem um currículo capaz
de impressionar qualquer gênio: no MIT (Instituto Tecnológico de
Massachusetts), fez matemática, engenharia elétrica e ciência da
computação; em Harvard, administração. Mas o que impressiona mesmo
Gates é o valor das aulas: são de graça e acessíveis a qualquer um -
aliás, neste momento, se quiser, você também pode entrar na internet e
receber as mesmas aulas.
Khan foi um dos personagens que influenciaram Gates a escrever um texto em
que sugere a substituição dos professores convencionais por aulas,
acompanhadas de exercícios, gravadas com recursos multimeios por
professores como Khan e distribuídas para todos. "É melhor uma boa aula
desse tipo do que as dadas por professores medíocres", provoca o criador
da Microsoft.
Muita gente está levando a sério a possibilidade de as novas tecnologias
exterminarem o professor como o conhecemos. Haveria uma radicalização do
ensino a distância. Já há recursos para que um curso seja dado sem
interferência humana. As aulas são gravadas e todos os debates,
exercícios e notas são feitos por um programa de computador.
Autor da ideia de um computador por criança, Nicholas Negroponte me disse
que está preparando uma experiência para ser lançada em comunidades da
África e da Ásia que têm alto índice de analfabetismo. Quer deixar num
lugar público computadores conectados à internet para ver como e se as
crianças conseguem aprender a ler e a escrever sozinhas. "Cada vez mais o
conhecimento vai ser transmitido fora da sala de aula", comentou.
Esse tipo de recurso pode ajudar muito os alunos, especialmente os mais
pobres, mas duvido que possa atingir a excelência sem que se viva num
ambiente criativo, estimulante, com trocas entre alunos e professores
motivados. Qualquer um pode acessar aulas do MIT ou de Harvard, entre
outros grandes centros de ensino. Outra coisa é entrar num laboratório e
acompanhar, por exemplo, o nascimento de um carro capaz de estacionar
sozinho. Esse projeto é desenvolvido no AgeLab, que se dedica a criar
produtos e serviços para idosos. Já está criando roupas e acessórios
para os mais velhos evitarem acidentes.
Estou aqui em Harvard experimentando uma poderosa combinação do virtual
com o presencial, num curso sobre experiências educativas internacionais.
Cada aula se transforma num fórum na internet entre os estudantes,
conduzido por três monitores. Daí surgem outros fóruns autônomos para
cada comentário. Para aprofundar as questões, a classe, separada em três
grupos, reúne-se presencialmente.
O professor mistura as aulas expositivas com depoimentos de convidados do
mundo inteiro, que, a distância, ilustram os textos curriculares. Um
explica como usa a tecnologia para melhorar o ensino em áreas rurais da
Índia, outro conta como cria bibliotecas em remotas vilas da Ásia ou da
África. Depois da exposição, os convidados respondem às questões dos
estudantes. Tudo é gravado e postado na rede.
Tecnologia alguma, porém, supera o entusiasmo de um professor como
Fernando Reimers. Ele viaja pelo mundo para conhecer experiências
educacionais e participa de algumas delas. Não há software capaz de
competir com essa paixão.
O que veio para ficar foi o fato de as informações circularem, criando a
possibilidade de que o mundo se converta numa imensa comunidade de
aprendizagem. Existem sinais por todos os lados.
Um dos negócios que prosperam no mundo digital são páginas abertas a
perguntas que são respondidas por leitores. A diferença agora é que
empresas estão contratando especialistas para dar respostas quase
imediatamente. Há redes sociais em que se podem aprender todas as línguas
importantes. Em outras páginas, são ensinadas expressões e gírias que
acabam de surgir. Aprende-se espanhol com alguém que está na Argentina ou
na China.
O que vai mudar é que o professor que despeja automaticamente os
conteúdos será mesmo dispensável, pois será mais caro e menos eficiente
do que uma tela de computador.
PS- Coloquei no www.catracalivre.com.br os links desta coluna: o AgeLab, o
MIT, o ensino de línguas, as aulas do professor Khan, as redes sociais
para o aprendizado dos idiomas e os cursos gratuitos de universidades.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/dolumerest.mmp
Professores digitais
Quando encontra dificuldade para ajudar o filho na lição de casa, Bill
Gates aciona o professor Salman Khan. "Tudo fica fácil", diz Gates, que,
nos últimos anos, vem gastando dezenas de milhões de dólares em sua
fundação para descobrir novos jeitos de educar.
Filho de família da Índia e de Bangladesh, Khan tem um currículo capaz
de impressionar qualquer gênio: no MIT (Instituto Tecnológico de
Massachusetts), fez matemática, engenharia elétrica e ciência da
computação; em Harvard, administração. Mas o que impressiona mesmo
Gates é o valor das aulas: são de graça e acessíveis a qualquer um -
aliás, neste momento, se quiser, você também pode entrar na internet e
receber as mesmas aulas.
Khan foi um dos personagens que influenciaram Gates a escrever um texto em
que sugere a substituição dos professores convencionais por aulas,
acompanhadas de exercícios, gravadas com recursos multimeios por
professores como Khan e distribuídas para todos. "É melhor uma boa aula
desse tipo do que as dadas por professores medíocres", provoca o criador
da Microsoft.
Muita gente está levando a sério a possibilidade de as novas tecnologias
exterminarem o professor como o conhecemos. Haveria uma radicalização do
ensino a distância. Já há recursos para que um curso seja dado sem
interferência humana. As aulas são gravadas e todos os debates,
exercícios e notas são feitos por um programa de computador.
Autor da ideia de um computador por criança, Nicholas Negroponte me disse
que está preparando uma experiência para ser lançada em comunidades da
África e da Ásia que têm alto índice de analfabetismo. Quer deixar num
lugar público computadores conectados à internet para ver como e se as
crianças conseguem aprender a ler e a escrever sozinhas. "Cada vez mais o
conhecimento vai ser transmitido fora da sala de aula", comentou.
Esse tipo de recurso pode ajudar muito os alunos, especialmente os mais
pobres, mas duvido que possa atingir a excelência sem que se viva num
ambiente criativo, estimulante, com trocas entre alunos e professores
motivados. Qualquer um pode acessar aulas do MIT ou de Harvard, entre
outros grandes centros de ensino. Outra coisa é entrar num laboratório e
acompanhar, por exemplo, o nascimento de um carro capaz de estacionar
sozinho. Esse projeto é desenvolvido no AgeLab, que se dedica a criar
produtos e serviços para idosos. Já está criando roupas e acessórios
para os mais velhos evitarem acidentes.
Estou aqui em Harvard experimentando uma poderosa combinação do virtual
com o presencial, num curso sobre experiências educativas internacionais.
Cada aula se transforma num fórum na internet entre os estudantes,
conduzido por três monitores. Daí surgem outros fóruns autônomos para
cada comentário. Para aprofundar as questões, a classe, separada em três
grupos, reúne-se presencialmente.
O professor mistura as aulas expositivas com depoimentos de convidados do
mundo inteiro, que, a distância, ilustram os textos curriculares. Um
explica como usa a tecnologia para melhorar o ensino em áreas rurais da
Índia, outro conta como cria bibliotecas em remotas vilas da Ásia ou da
África. Depois da exposição, os convidados respondem às questões dos
estudantes. Tudo é gravado e postado na rede.
Tecnologia alguma, porém, supera o entusiasmo de um professor como
Fernando Reimers. Ele viaja pelo mundo para conhecer experiências
educacionais e participa de algumas delas. Não há software capaz de
competir com essa paixão.
O que veio para ficar foi o fato de as informações circularem, criando a
possibilidade de que o mundo se converta numa imensa comunidade de
aprendizagem. Existem sinais por todos os lados.
Um dos negócios que prosperam no mundo digital são páginas abertas a
perguntas que são respondidas por leitores. A diferença agora é que
empresas estão contratando especialistas para dar respostas quase
imediatamente. Há redes sociais em que se podem aprender todas as línguas
importantes. Em outras páginas, são ensinadas expressões e gírias que
acabam de surgir. Aprende-se espanhol com alguém que está na Argentina ou
na China.
O que vai mudar é que o professor que despeja automaticamente os
conteúdos será mesmo dispensável, pois será mais caro e menos eficiente
do que uma tela de computador.
PS- Coloquei no www.catracalivre.com.br os links desta coluna: o AgeLab, o
MIT, o ensino de línguas, as aulas do professor Khan, as redes sociais
para o aprendizado dos idiomas e os cursos gratuitos de universidades.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/dolumerest.mmp
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