terça-feira, 13 de outubro de 2009

A linguagem na infância


Falar bilu- bilu, falar parecendo bobo, como se dependesse disso, o entendimento da criança provoca uma reação contrária ao que se quer e diria: indesejável. A mania que tem os adultos e até mesmo os pais de falar com voz infantilizada ou com tom diferente prejudica o aprendizado e o desenvolvimento da fala na criança.
Os pais não devem falar nem fácil, nem difícil, quando nos referimos ao vocabulário, mas naturalmente para que a criança adquira tons e palavras corretas no desenvolvimento do próprio vocabulário.
Algumas crianças usam o mesmo som ou uma única palavra para coisas diferentes. Isso acontece por que o processo de aquisição da fala é gradativo. È importante saber que a criança aprende alguns fonemas com mais facilidade que outros. Aos três anos, a aquisição desses fonemas ainda está em desenvolvimento.
Portanto, é comum que ela ainda não fale todas as palavras corretamente. Durante a aquisição da linguagem e da fala, alguns problemas podem ocorrer, como por exemplo: atraso para a emissão de algumas palavras, troca de fonemas, omissão de fonemas, acréscimo de fonemas, “gagueira”, entre outros.
Em relação à gagueira e a fala rápida que as pessoas não entendem, isso pode ocorrer pela ansiedade da criança em se comunicar e não conseguir se expressar com a mesma velocidade em que pensa.
Cada criança deve ser avaliada a partir do seu contexto e das suas possibilidades. O profissional capacitado para fazer essa avaliação é o fonoaudiólogo. Ele saberá avaliar se esse processo está se desenvolvendo normalmente. Se necessário esse profissional estará encaminhando a criança para outras avaliações, como por exemplo, a avaliação audiológica ou até mesmo para um psicopedagogo, onde fará uma avaliação para ver o tipo de modalidade de aprendizagem que esta criança construiu.
O fonoaudiólogo ainda poderá orientar os pais a melhor forma de estimular a criança.
Aqui vão algumas orientações básicas:
- Não usar palavras no diminutivo quando estiver conversando com a criança.
- Se a criança falar alguma palavra errada, não repita essa palavra da forma como ela falou, mas da forma correta.
- Não se deve corrigir, brigar ou ridicularizar a criança quando fala alguma palavra errada. O melhor é repetir a palavra da maneira correta e fazer isso, de preferência, olhando para a criança de forma natural.
- Deve-se conversar com a criança nos momentos em que ela está prestando atenção, contar histórias, repetir frases simples.
- É importante também partilhar o assunto com as pessoas da casa ou com as pessoas que passam a maior parte do tempo com a criança. Todas devem ter a mesma atitude com a criança.
- Finalmente, lembrar que a estimulação e a atenção à criança são fundamentais para a aquisição da linguagem.

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