quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Três poesias e muitas verdades


"Um ser humano é uma parte do todo a que chamamos Universo.
Uma parte limitada no tempo e no espaço.
Ele concebe a si mesmo como algo separado de todo resto.
É como se fosse uma espécie de ilusão de óptica da sua consciência.
Essa ilusão é um tipo de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais.
Nossa tarefa deve ser libertarmo-nos dessa prisão ampliando o nosso
Círculo de compaixão, de maneira a abranger todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza".

( Albert Einstein)


Que a nossa educação permita compreender-nos enquanto humanidade; que ela nos faça extrapolar os limites da individualidade e do egoísmo para irmos ser com os outros. Se o homem somente é social com os outros, ele somente pode ser um ser particular sendo, ao mesmo tempo, toda a humanidade. Há que se forjar uma educação que nos deixe sair para fora de todas as lógicas, indo ao encontro ao que há de mais humano.
Nessa construção o papel do educador é fundamental. Essa construção deverá ser realizada por muitas mãos.


Mãos dadas

"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi os suspiros ao anoitecer, à paisagem vista da janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente".

( Carlos Drummond de Andrade)


Foi o presente, os homens presentes, a vida presente, que constrói esse homem, com infinitas possibilidades de aprendizagens. Este constrói se reinventando, deixando de lado os equívocos do tempo, construindo na história presente o seu ideal. Se existe uma intencionalidade nessa existência, existe também o compromisso de viver a vida no aqui e agora. Mas o que faz esse homem em terras nada férteis. O que faz com que busque o desconhecido? Esse homem do aqui e agora, que internaliza o mundo através dos muitos homens que possui. O que faz esse herdeiro da humanidade, buscar algo além de sua individualidade?


Dispersão

"Perdi-me dentro de mim porque eu era labirinto.
E hoje, quando me sinto, é com saudades de mim.
Passei pela minha vida, um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar, nem dei pela minha vida...
(...)
Regresso dentro de mim, mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada, sequinha, dentro de mim.
(...)
Eu tenho pena de mim, pobre menino ideal...
Que me faltou afinal? Um elo? Um rastro?..."
( Mario de Sá Carneiro)

Já existimos nesse emaranhado de relações sociais e sabemos que o desenvolvimento da afetividade, da moral e da inteligência são ingredientes relevantes na formação desse indivíduo.
Há urgência que se construa uma educação pela qual o homem se perceba enquanto objeto e sujeito de uma construção
O tempo passa e o homem evolui, cresce em busca de um equilíbrio nas relações diárias. Este se lança ao desconhecido. E ao construir o seu mundo de fantasias, se lança a própria sorte, sem saber aonde chegar.
Mas... Não há mais tempo para se perguntar:- O que faltou...





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