sexta-feira, 3 de julho de 2009

Uma aula via NET

Ontem tive uma bela aula via NET. O professor foi um rapaz com um pouco mais de 33 anos. Jovem para ter tanta experiência, admiração pelas letras e pelo controle dessa máquina. Sua especialidade: paciência! E agregou aos seus conceitos de jovem professor, que uma oportunidade de aprendizagem não se perde nunca. Não é à toa que com pouca idade faz assessoria em RH de diversas empresas. O conteúdo, seriamente escolhido e refinado sob o seu olhar. Olhar este que uma boa família lhe emprestou para o resto da vida.

Quando vamos para a primeira escola, levamos junto ao corpo, o nosso repertório de valores. E uma escola salutar é aquela que se une a família. Infelizmente, nem todas procedem dessa forma. Muitas competem entre si e com o imaginário do que seja uma “excelente” escola, se esquecendo que não formamos indivíduos excelentes sem excelentes pais, excelentes salários, excelentes asseguradores de argumentos políticos – pedagógicos.

Uma escola não vai bem ou mal por simples omissão do seu dirigente. Ela se perde pela falta de políticas públicas nobres de desejos e nobre de concretude.
Se você perguntar a alguém, que se diz sério na área educacional, como vai à escola, você ficará indignado com as respostas. Uma delas que ouço, e com certeza você também já ouviu falar, é a seguinte: Tudo na vida muda, menos a escola. E isso é verdade!!! É tão verdade quanto o fato das propostas que as escolas recebem serem levianas e descomprometidas.

Certa vez ouvi que nada melhor para o real crescimento de uma empresa que os valores éticos e sociais que esse indivíduo traz. Mas, você já parou pra pensar que isso tudo soa mal? Não lhe passa pela cabeça: estou sendo enganado?
Bem, não quero lhe causar arrepios. Mas infelizmente nada que é subjetivo é mensurável. Numa empresa você nunca é escolhido só pela sua boa formação ética. Normalmente, a sua formação em como “ganhar mais lucro” fica acima da média. O único local que reconheço que consegue misturar esses valores, ao ponto de brigar por seu objetivo primordial, que é formar cidadãos éticos e ricos de conhecimentos, é a escola, e por isso mesmo é desvalorizada.

Mas, também posso dizer que a educação está mudando o rumo. Com o avanço da tecnologia, com a velocidade que o conhecimento deixa de ser prioridade de alguns e passa a ser prioridade de muitos, mais se tira pessoas do anonimato e as incluem no mundo do “letramento virtual”.

Sei o quanto já passei para chegar onde estou. E me confesso pequena diante de tantas coisas por aprender. Nada mais significativo do que aprender sem pressão, com autoria, sem preconceito e com significado de mundo real. E vejo as escolas entupidas de saberes desconexo e sem utilidade. Isso tudo porque não conseguimos superar a imagem do que tínhamos e que temos como padrão, para ir à busca do que podemos ter. Essa é a grande superação!

A escola não admite que perdeu o seu espaço quando deixou que a linguagem televisiva fosse maior que a linguagem de um banco escolar. Perdeu ao receber as propagandas enganosas como se fossem troféus de bom comportamento. Perdeu por acreditar que a alegria de poucos poderia contaminar a muitos.

A escola se perdeu... E perdeu feio pra quem quer ainda resgatar a dignidade de se ter professores competentes e com bons salários. Se ainda posso crer em uma “salvação”, creio que deveríamos voltar aos bancos escolares, se permitindo que reciclar é dever de todos. Deveríamos ter alunos em escolas de horário integral, professores com bons salários e principalmente boas bibliotecas virtuais, com livre acesso a todos.

Assim, termino o meu relato de uma experiência única, sabendo que amanhã tudo pode acontecer e com certeza de forma bem diferente da vivência de hoje, porque na verdade no mundo virtual, o hoje já vivido é passado.

Nenhum comentário: